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15-01-2019
Recuperação judicial recua 0,8% em 2018, com retomada lenta da atividade
De acordo com a Serasa Experian, o País encerrou o ano com 1.408 pedidos; as micro e pequenas empresas lideraram solicitações
O Brasil encerrou 2018 com 1.408 pedidos de recuperações judiciais, uma queda de 0,8% na comparação com 2017 (1.420), informa a Serasa Experian. Já no confronto com o recorde histórico registrado pela entidade, em 2016 (1.863), houve declínio de 24,4% nas recuperações. No ano passado, as micro e pequenas empresas lideraram os pedidos, com 871 requerimentos, seguidas pelas médias (327) e grandes companhias (210).
Em dezembro, os requerimentos de recuperação judicial caíram 5,9% em relação a novembro e também no confronto com o último mês de 2017. As micro e pequenas empresas seguiram na liderança, com 78 pedidos. As médias responderam por 24 requerimentos, e as grandes, por 9.
Em 2018, 1.459 pedidos de falência foram efetuados em todo o País, sendo 761 requeridos por micro e pequenas empresas, 355 por médias e 343 por grandes. O resultado representa um declínio de 14,6% ante 2017 (1.708). Conforme a Serasa, o dado de 2018 é o menor da série histórica, posição até então ocupada pelo índice de 2014 (1.661), desde que a Nova Lei de Falências (junho/2005) entrou em vigor. Em relação a 2016 (1.852), a queda foi de 21,2%.
As falências requeridas em dezembro (105) caíram 14,6% ante novembro (123). Já no confronto com o último mês de 2017 houve elevação de 1,9% (105). As médias empresas (43) e as micro e pequenas (42) empataram na liderança dos pedidos, seguidas pelas grandes (20).
De acordo com a equipe econômica da Serasa, a manutenção do indicador de pedidos de recuperação judicial em 2018 praticamente no mesmo nível de 2017, em contraponto à queda observada nas falências requeridas nos últimos 12 meses, demonstra o efeito prolongado da estagnação da atividade econômica no País.
Conforme a nota, o ritmo lento da retomada, que ficou bem abaixo das expectativas, teve impacto sobre o desempenho empresarial, afetando principalmente micro e pequenos empreendedores. Isso, acrescenta, provocou retração dos negócios e aumento de dificuldades financeiras.
Por Maria Regina Silva
Fonte: Estadão