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14-11-2018 

Recuperação judicial do Grupo Criciúma Construções próxima da conclusão

Com a proximidade dos término do prazo de dois anos de recuperação judicial do Grupo Criciúma Construções, um levantamento da atual situação do caso foi levado a público na tarde desta terça-feira, dia 13, na Associação Empresarial de Criciúma (Acic). O processo de recuperação judicial teve início em dezembro de 2016 e envolve 92 empreendimentos, sendo 36 por parte da Criciúma Construções LTDA, 49 por parte da RCF Incorporadora LTDA e 7 por parte da Cizeski Incorporadora LTDA junto a Cizeski Construções LTDA.

Destes empreendimentos, 45 estão “blindados” em caso de falência, pois já são de prioridade das associações de condomínios de compradores. “Em caso de falência, 47 empreendimentos seriam comprometidos, no caso, correm risco, por ainda estarem vinculados ao Grupo Criciúma Construções”, afirma Zanoni Elias, gestor judicial da recuperação judicial, eleito em assembleia geral dos credores.

Elias acredita que mais de 20 obras ficaram pendentes para serem solucionadas ano que vem. “Cada obra tem sua particularidade. Existiam terrenos que nem no nome da Criciúma Construções estavam”, declara. Com o fim da recuperação judicial, o proprietário da empresa tem por obrigação cumplir o plano acordado."Uma vez que ele não cumpra, o credor pode por meio de um processo judical pedir a falência da empresa".

Apesar de todo o trabalho afim de reparar a situação dos credores, ex-funcionários e fornecedores, o advogado contratado para assessorar a recuperação judicial, Lucas Farias, faz questão de ressaltar o quanto esse caso mexeu com os envolvidos. “Apesar da recuperação judicial, acredito que no todo o prejuízo desse caso é irreparável”. Farias ainda comenta sobre a dimensão do caso a nível de Brasil. “Em questão de valores, estamos falando de um dos maiores casos de recuperação judicial do país”.

De acordo com os números apresentados, dos 92 empreendimentos abrangidos pela recuperação judicial, 73 são edifícios, 14 são loteamentos e cinco são casas geminadas. Ao todo 44 empreendimentos estão com suas situações resolvidas, 14 em processo de resolução e 34 ainda estão pendentes. Por situação resolvida entendesse como desvinculado ao Grupo Criciúma Construções.

Quanto às questões trabalhistas e número de credores atingidos

Mais de R$ 11 milhões de passivos trabalhistas já foram pagos até o momento. “Não temos dúvida que esse valor vai aumentar e já estamos trabalhando em cima disso”, afirma o gestor judicial.

Levando em consideração o número de unidades vendidas, ao todo 4.710 adquirentes foram atingidos em função da recuperação judicial. “O número seria de quase 13 mil pessoas se todas as unidades tivessem sido comercializadas”.

Sobre as informações divulgadas e atendimento aos envolvidos

Segundo Rafael Milanesi Spillere, juiz do processo de recuperação judicial, muitas inverdades sobre o caso foram faladas. “É complicado, chegam até mim muitas coisas e grande parte delas eu não tenho a oportunidade de esclarecer”.

Com o intuito de esclarecer a situação para os envolvidos na recuperação judicial, que passa por credores, ex-empregados e fornecedores, é que a executiva do caso sob o comando do administrador judicial nomeado pelo juiz para atuar até o fim do processo, Agenor Daufenbach, veio a público se pronunciar.

Fonte: Engeplus

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