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18-02-2016
Problemas históricos não foram sanados após uma década da lei
Se fossem apenas as questões que surgiram com as recuperações envoltas em investigações de corrupção ou com incertezas ligadas à falta de garantias, talvez fosse mais simples direcionar as soluções. O problema é que empecilhos práticos ainda aparecem nos processos de recuperação judicial, mais de uma década depois de a lei ter sido aprovada no Brasil. O principal deles e o primeiro que aparece na lista de André Marques, sócio do Pinheiro Neto, é a dificuldade de se obter dinheiro novo para financiar as operações das companhias em recuperação.
Para se financiar, a empresa precisa ter um acionista disposto a fazer aporte, conseguir um financiamento no mercado ou atrair um novo investidor. No caso dos processos de recuperação, as duas primeiras alternativas ficam difíceis uma vez que a situação dos acionistas não permite novos aportes e os bancos, se oferecessem empréstimo para empresas em recuperação precisariam provisionar todo o valor desembolsado - tampouco há atualmente no Brasil uma situação de crédito favorável. O perfil de crédito deles também seria afetado. Resta a procura por investidor. Busca considerada inglória pelos especialistas consultados pelo <strong>Valor</strong>, dados os riscos envolvidos.
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Por Victoria Mantoan e Fernanda Pires
Leia mais sobre o assunto: Valor Econômico