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29-04-2016
Disparam os pedidos de recuperação judicial
De um lado, a queda na geração das receitas, reforçada pela crise econômica que se estende desde o segundo semestre de 2014. De outro, o aumento nos custos operacionais e, sobretudo financeiros, pressionados pelo novo ciclo de aperto monetário que encarece o crédito, e pela forte desvalorização do real, que encorpa os custos de empresas importadoras. A combinação dos dois cenários impacta os níveis de endividamento de muitos micro e pequenos empresários. De quebra, ajuda a turbinar os pedidos de recuperação judicial, que registraram de janeiro a março o maior número para o trimestre em uma década.
Levantamento da Serasa Experian mostra que o número de requerimentos de recuperação judicial cresceu 114,1% no primeiro trimestre de 2016, ante igual período do ano passado. Foram 409 pedidos - 229 de micro e pequenas empresas -, um recorde para o período desde a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (Lei nº 11.101/2005). No acumulado de 2015, foram 1.287 pedidos, outro pico nos dez anos da nova legislação. "A recessão se prolonga e se aprofunda. As receitas diminuem e os custos aumentaram nos últimos 18 meses, uma combinação nefasta para o aumento da inadimplência e dos pedidos de recuperação", avalia Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
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