O Banco Sifra recorreu ao Poder Judiciário para tentar  substituir o administrador da Recuperação Judicial da Covolan Indústria Têxtil sob a alegação de que os sócios da empresa que assumiu como administradora judicial, a Brasil Trustee, atuam como advogados de um outro credor da companhia. A informação é do jornal Valor Econômico. 

O outro credor envolvido no imbróglio é o Banco Daycoval que é atendido pela Brasil Trustee em outros processos. A relação, segundo o Banco Sifra, gera conflito de interesse e justificaria a mudança no comando do processo de recuperação judicial da Covolan. 

O juiz Thiago Chicarino, da 1ª Vara Cível de Santa Bárbara d'Oeste, deu prazo de 15 dias para a administradora judicial se manifestar e estabeleceu que, enquanto a questão não for julgada, os honorários não poderão ser levantados pela administradora e ficarão depositados em juízo. 

O magistrado também fixou os honorários em 2% do valor devido aos credores que estão submetidos à recuperação judicial. 

A Brasil Trustee afirma que jamais representou o Banco Daycoval ou qualquer outro credor contra a companhia que está em recuperação judicial, a Covolan Indústria Têxtil.

Processo 1006092-61.2022.8.26.0533

Fonte: ConJur