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22-01-2016 

Com crise, pedidos de recuperação judicial devem superar recorde de 2015

Um dos reflexos esperados da recessão é o aumento do número de pedidos de falência e recuperações judiciais que, em 2015, alcançaram os maiores níveis desde 2006. Recuo da demanda, encarecimento do crédito e piora do fluxo de caixa são apontados como os principais fatores atuais que levam as empresas à morte.

Telmo Schoeler, presidente da Strategos Consultoria Empresarial, afirma que a descapitalização é uma das principais causas de mortes de empresas. E isso, diz, não advém somente do cenário adverso.

- a gestão financeira corporativa deve seguir a seguinte ordem de decisões e ações: definição de risco aceitável pelos acionistas; estabelecimento da estrutura de capital; busca de recursos; aplicação e uso dos recursos; avaliação dos resultados; revisão crítica da estrutura de capital.  apesar de lógico e óbvio, esse ordenamento estratégico e tático financeiro é pouco praticado.

Segundo ele, os erros começam pelos sócios.

- Poucos são os acionistas que dedicam tempo para analisar e definir considerações de risco, o que é uma bomba de nêutrons num mundo dinâmico e volátil como o atual. Em paralelo, desconhecem a dinâmica do fluxo de dinheiro dentro da empresa e não dão importância à adequação da estrutura de capital.

Schoeler considera que a descapitalização também advém de uma insensibilidade com relação aos efeitos operacionais do moderno mundo dos negócios.

- Custos financeiros eram pouco relevantes na época quando podiam, juntamente com as despesas, serem repassados aos consumidores. A concorrência derreteu tudo isso. Focar e buscar eficiência tornou-se mandatório para sobrevivência e, no que se refere a dinheiro, trouxe de volta a milenar máxima de que "o retorno deve ser maior do que o custo".

Em 2015, houve 1.287 pedidos de recuperações judiciais, o maior registro desde 2006. Sobre o ano anterior, conforme o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, o crescimento foi de 55,4%. Ocorre que, conforme o estudo, apenas 1% das empresas recuperandas obtém êxito na operação. Segundo Schoeler, o resultado advém do modelo de recuperação praticado no país.

- O principal é buscar ajuda externa isenta e capacitada. Primeiro, deve-se realizar um diagnóstico da realidade e mapeamento de causas e efeitos para, com base nisso, produzir um eficiente e eficaz plano de reversão a ser validado e aprovado - diz, acrescentando que a execução não deve ser realizada por quem já está na empresa.

- Imaginar que o mau gestor irá se redimir e tornar-se um arauto da boa gestão é utopia. O processo de reversão ou recuperação demanda um competente gestor interino que, por ser movido pela missão de reverter e salvar, com objetivo e prazo definidos, terá a isenção e capacidade para mudar hábitos, quebrar paradigmas, questionar e desafiar procedimentos, coisa quase impossível de ser feita por um executivo de carreira - afirma.

Fonte: Monitor Mercantil

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