Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página

Como você avalia a
experiência em nosso site?

x
Avaliacao

Ruim

Ótima

Whatsapp

NOTÍCIAS

Sem Foto

20-01-2016 

Com crise, número de pedidos de recuperação judicial deve superar recorde de 2015

Um dos reflexos esperados da recessão é o aumento do número de pedidos de falência e recuperações judiciais que, em 2015, alcançaram os maiores níveis desde 2006. Recuo da demanda, encarecimento do crédito e piora do fluxo de caixa são apontados como os principais fatores atuais que levam as empresas à morte.

Telmo Schoeler, presidente da Strategos Consultoria Empresarial, afirma que a descapitalização é uma das principais causas de mortes de empresas. E isso, diz, não advém somente do cenário adverso. “A gestão financeira corporativa deve seguir a seguinte ordem de decisões e ações: Definição de risco aceitável pelos acionistas; Estabelecimento da estrutura de capital; Busca de recursos; Aplicação e uso dos recursos; Avaliação dos resultados; Revisão crítica da estrutura de capital. Apesar de lógico e óbvio, esse ordenamento estratégico e tático financeiro é pouco praticado”.

Segundo ele, os erros começam pelos sócios. “Poucos são os acionistas que dedicam tempo para analisar e definir considerações de risco, o que é uma bomba de nêutrons num mundo dinâmico e volátil como o atual. Em paralelo, desconhecem a dinâmica do fluxo de dinheiro dentro da empresa e não dão importância à adequação da estrutura de capital”, afirma.

Schoeler considera que a descapitalização também advém de uma insensibilidade com relação aos efeitos operacionais do moderno mundo dos negócios. “Custos financeiros eram pouco relevantes na época quando podiam, juntamente com as despesas, serem repassados aos consumidores. A concorrência derreteu tudo isso. Focar e buscar eficiência tornou-se mandatório para sobrevivência e, no que se refere a dinheiro, trouxe de volta a milenar máxima de que ‘o retorno deve ser maior do que o custo’”.

Em 2015, houve 1.287 pedidos de recuperações judiciais, o maior registro desde 2006. Sobre o ano anterior, conforme o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, o crescimento foi de 55,4%. Ocorre que, conforme o estudo, apenas 1% das empresas recuperandas obtém êxito na operação. Segundo Schoeler, o resultado advém do modelo de recuperação praticado no país.

“O principal é buscar ajuda externa isenta e capacitada. Primeiro, deve-se realizar um diagnóstico da realidade e mapeamento de causas e efeitos para, com base nisso, produzir um eficiente e eficaz plano de reversão a ser validado e aprovado”, diz acrescentando que a execução não deve ser realizada por quem já está na empresa.

“Imaginar que o mau gestor irá se redimir e tornar-se um arauto da boa gestão é utopia. O processo de reversão ou recuperação demanda um competente gestor interino que, por ser movido pela missão de reverter e salvar, com objetivo e prazo definidos, terá a isenção e capacidade para mudar hábitos, quebrar paradigmas, questionar e desafiar procedimentos, coisa quase impossível de ser feita por um executivo de carreira”, afirma.

Fonte: Portal Nacional de Seguros

Perguntas e respostas

Sem Foto